A
norte-americana Kendra Blair diz que viveu muitos anos até
desenvolver sua vida sexual da maneira que gostaria. Isso porque ela,
que casou-se aos 19, levou quase 12 anos de união até perder a
virgindade. A reportagem é do iG/
Delas.
O
que fez com que Kendra esperasse tanto tempo não foi opção. A
mulher de 39 anos sofre de uma condição chamada vaginismo ,
que consiste na contração involuntária dos músculos da vagina,
ocasionando experiências sexuais difíceis e incrivelmente
dolorosas.
“Nós
tentamos fazer sexo logo após o casamento, na noite de núpcias, e
não conseguimos. Na época, eu achei que fosse por estar nervosa, já
que não sabia como proceder ali e nunca havia conversado com ninguém
sobre o assunto”, explica ela, que optou por casar-se virgem devido
à sua criação cristã.
Nas
tentativas seguintes, porém, pouca coisa mudou. De acordo com
Kendra, em entrevista ao Daily Mail , sempre que o casal
tentava qualquer coisa parecida com penetração, ela sentia uma
queimação intensa na região íntima e em alguns momentos
sua pressão chegou a cair.
Cinco
anos se passaram até que ela desabafasse com a própria mãe e
depois com a sogra, que orientaram a procura por um médico. Ela
conta que até mesmo a consulta foi difícil. “Eu não queria ser
examinada por medo da dor e não deixei que ele se aproximasse de
mim”, desabafa.
Após
o trauma e a dificuldade de ser examinada, a mulher conta que passou
mais sete anos até ter coragem de procurar outro profissional, que
finalmente entregou o diagnóstico correto. “Entrei em
uma depressão profunda. 12 anos sem sexo estava prejudicando
meu relacionamento e eu também queria ter filhos, minha vida
parecia estagnada”, conta.
Depois
de pesquisar sobre o vaginismo , Kendra diz que ainda
enfrentou dificuldades sobre o tratamento. “Sugeriram dilatadores,
que é uma espécie de instrumento inserido na vagina, mas eu também
não queria. Eu era incapaz de usar um absorvente interno”, conta
ela.
O
tratamento correto veio após à mulher descobrir grupos de suporte
contra a doença, onde ela pôde conversar com outras mulheres que
passaram pelo mesmo problema. Lá, ela foi encaminhada para uma
espécie de fisioterapia que ensinaram a controlar o próprio corpo e
redescobrir a sexualidade.