PF diz que pescador confessou crime de Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips
A Polícia Federal disse na
noite desta quarta-feira (15) que um dos suspeitos investigados pelo
desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom
Phillips confirmou participação no assassinato deles.
De acordo com a
PF, o pescador Amarildo Oliveira, o Pelado, indicou às autoridades onde havia
enterrado os corpos, bem como ocultado a lancha em que viajavam Pereira e
Phillips. Agora, a corporação aguardará os resultados das perícias para
identificar se os restos humanos encontrados são deles.
De acordo com
Eduardo Alexandre Fontes, superintendente da PF no Amazonas, foram encontrados
corpos 3,1 km mata adentro. Com isso, disse ele, a investigação entrou em uma
nova etapa.
"Em sendo
comprovados que os remanescentes são relacionados ao Dom Phillips e ao Bruno
Pereira, serão entregues à família", disse o delegado.
Antes, o
ministro da Justiça, Anderson Torres, informou que "remanescentes
humanos" haviam sido encontrados nas buscas desta quarta. "Eles serão
submetidos à perícia", disse o ministro, no Twitter.
Pereira e
Phillips desapareceram em 5 de junho quando retornavam de barco ao município de
Atalaia do Norte (AM). Trata-se do município mais próximo à terra indígena Vale
do Javari.
Segundo Eduardo
Fontes, foram feitas escavações, num local de "dificílimo acesso" e
sem sinal de telefone e o material encontrado será enviado nesta quinta-feira
(16) para o instituto de criminalística, em Brasília.
"Ontem à
noite, o primeiro preso [Pelado] no final da noite resolveu confessar a prática
criminosa. Ele narra com detalhes e aponta o local onde havia enterrado os
corpos. Saímos cedo ao local [nesta quarta] e lá houve demora porque realizamos
a reconstituição do crime. Depois fomos ao local onde ele disse que havia
enterrado os corpos e onde havia afundado a embarcação", relatou.
Ele afirmou
ainda que novas prisões podem ocorrer. "Todos os esforços foram
empregados. Nossa missão precípua desde o início era encontrá-los com vida.
Infelizmente trazemos essa triste notícia", disse o delegado da Polícia
Civil Guilherme Torres.
Ele afirmou que
a força-tarefa não terminará nesta quarta e que não descarta a hipótese de
outras pessoas estarem envolvidas. "Hoje, podemos dizer que um grande
passo foi dado neste caso hediondo. Um crime brutal."
Fonte: Folhapress
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