Segundo o
Conselho de Secretarias Municipais do Piauí (Cosems), fábricas relatam que não
têm matéria-prima suficiente para produzir a demanda por medicamentos.
Vários
medicamentos básicos estão em falta ou em baixo estoque nas secretarias de
saúde de cidades do Piauí, segundo um levantamento do Conselho de Secretarias
Municipais do Piauí (Cosems). Ao todo, 216 das 224 cidades relataram
dificuldades para adquirir os seguintes medicamentos:
- Amoxicilina (antibiótico): em falta em 139 cidades;
- Azitromicina (antibiótico): em falta em 55 cidades;
- Dipirona (anti-inflamatório): em falta em 175 cidades;
- Prednisolona (anti-inflamatório): em falta em 55 cidades;
- Ambroxol (expectorante): em falta em 48 cidades;
O levantamento
considerou os estoques de medicamentos até o mês de junho. De acordo com a
vice-presidente do Cosems, a secretária Leopoldina Cipriano, as fábricas têm
relatado falta de matéria-prima para produzir os medicamentos. Assim, prefeituras de todo o Brasil,
além de estabelecimentos de saúde privados, têm tido dificuldade em
consegui-los.
Segundo
Leopoldina, a escassez acontece por causa do aumento do uso desses
medicamentos, por conta das ondas de gripe, dengue e síndromes respiratórias.
"O
que a gente tem visto é que quando há aumento do uso de um medicamento, há a
falta. Durante a pandemia por exemplo faltou máscara, luvas, álcool. São
justamente esses medicamentos que a gente mais usa que estão em falta",
explicou.
Assim, os
fornecedores de medicamentos têm fracionado as encomendas solicitadas pelas
secretarias municipais de saúde para tentar atender a todos.
"Por
exemplo: semana passada pedi 6 mil dipironas injetáveis. O fornecedor disse que
não poderia entregar a encomenda, e enviaria 500 unidades, porque precisava
dividir com outros 12 municípios", contou Leopoldina.
A falta dos medicamentos
tem feito com que cirurgias eletivas, aquelas que
não têm urgência para serem feitas, sejam remarcadas nos hospitais
pelo interior do estado.
Em busca de
alternativas, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)
tem pedido ao Ministério da Saúde que entre em contato com os produtores de
outros países. "A gente não se incomoda em pagar", disse Leopoldina.
Fonte: G1PI
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