Caminhoneiros apoiadores do presidente
Jair Bolsonaro (PL) iniciaram na noite deste domingo (30) bloqueios em estradas
em protesto ao resultado das eleições, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
como vencedor para o cargo de presidente. A PRF (Polícia Rodoviária Federal)
confirmou terem sido registrados até o momento bloqueios ou aglomerações em
vias de 11 estados e do Distrito Federal.
A corporação não informou quantas
ocorrências em cada um dos estados. Houve ou estão em andamento protestos no
Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em Minas Gerais, São Paulo, no
Rio de Janeiro, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, no Pará e
no Distrito Federal.
Vídeos que circulam na internet mostram
pneus pegando fogo na via. Em um deles, é possível ouvir o hino nacional ao
fundo.
O deputado federal Nereu Crispim
(PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros
Autônomos e Celetistas, disse em nota oficial que os caminhoneiros não irão
parar para protestar contra o resultado das eleições.
A categoria "não participa e nem
participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para
protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz
Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil", afirmou.
MOVIMENTO
SE DIVIDE E LIDERANÇAS PEDEM FIM DE BLOQUEIOS
Caminhoneiro autônomo e diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer diz que
a manifestação dos motoristas é antidemocrática e não defende os interesses da
categoria.
"A pauta que está sendo discutida
agora não é uma pauta dos trabalhadores do transporte, não é uma pauta
econômica. A pauta econômica que deve ser mantida e levada, independente do
governo".
Presidente da ANTB (Associação Nacional
de Transportes do Brasil), José Roberto Stringasci afirma que as ações que
culminaram nos bloqueios das rodovias não foram organizadas por entidades que
representam os caminhoneiros.
Segundo ele, a ação é organizada por
pessoas que não participam da categoria e que estão obrigando os caminhões e
pararem na pista.
"Não necessariamente é o caminheiro
que está parando. Eles estão parados por causa dos bloqueios. Existem alguns
caminhoneiros que estão apoiando. Mas não é a categoria no geral que está
fazendo. É um ou outro motorista que está participando", diz Stringasci.
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