Barreiras de terra montadas de maneira
irregular causaram pelo menos dois acidentes em rodovias federais desde a noite
de sexta-feira (18).
As ocorrências foram verificadas em
estradas do Paraná e do Mato Grosso que tiveram registros de atos
antidemocráticos no final de semana contra o resultado das eleições
presidenciais.
Um dos acidentes ocorreu por volta de
1h20 de sábado (19) no km 466 da BR-153, no município paranaense de União da
Vitória (a cerca de 230 quilômetros de Curitiba).
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária
Federal), uma van se deslocava de Palmas, também no Paraná, para Balneário
Camboriú, em Santa Catarina, quando bateu em uma barreira de terra colocada na
rodovia.
O veículo transportava 12 estudantes e
três professores, além do motorista. Três alunos -dois garotos e uma garota-
tiveram ferimentos leves.
Eles foram socorridos pelo Samu (Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhados para um hospital de União da
Vitória, conforme a PRF.
A instituição afirmou que montes de terra
foram colocados sobre a BR-153 momentos antes do acidente.
"As barreiras foram retiradas ainda
na madrugada e a PRF está fazendo levantamentos a fim de identificar quem
colocou as barreiras para que os autores sejam responsabilizados",
indicou.
"Graças à perícia do motorista, os
ferimentos registrados são superficiais, mas as consequências da
irresponsabilidade poderiam ser muito mais graves", completou.
Um engavetamento envolveu três carretas
no local. O acidente teve origem após um dos veículos atingir um monte de terra
colocado na pista, segundo a concessionária Rota do Oeste, que administra o
trecho.
Ainda segundo a concessionária,
manifestantes despejaram terra no trecho para impedir a passagem dos veículos,
mas não estavam presentes na hora do acidente.
A onda de manifestações antidemocráticas
em rodovias do país ganhou forma após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) no segundo turno das eleições, que ocorreu em 30 de outubro.
O petista, que vai para seu terceiro
mandato, superou o presidente Jair Bolsonaro (PL) na votação. Grupos que apoiam
Bolsonaro contestam, sem provas, o resultado das urnas.
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