Criança de seis anos presenciou a morte da mãe, atropelada
por uma ambulância do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em
Salvador. Segundo a família da vítima, identificada como Luciana
Cardoso, de 42 anos, o acidente aconteceu no momento em que
ela atravessava a rua para comprar açaí para o filho, na noite de
sábado (04/02).
A família ainda relata que o veículo estava em alta
velocidade. Luan Cardoso, filho mais velho da vítima, contou que tanto a
ambulância quanto a via estavam vazias e que a velocidade do veículo
foi "totalmente inesperada". "Ele veio em uma velocidade
tanta, que minha mãe voou. Foi na hora que meu irmão pequeno, de 6 anos, viu.
Minha irmã tampou o rosto dele, eles estavam no terraço esperando o açaí”,
disse.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde
informou que a ambulância se envolveu no acidente na noite enquanto
se deslocava para atendimento de emergência médica na região.
"Prontamente, a equipe de socorristas prestou os atendimentos à vítima do
atropelamento. Uma segunda ambulância com suporte avançado também foi
encaminhada ao local para prestar assistência, no entanto, infelizmente a
vítima evoluiu para óbito."
A SMS ainda lamentou o fato e se
solidarizou com familiares e amigos da vítima pela fatalidade. "A pasta
também oferece acolhimento psicológico aos profissionais envolvidos que
encontram-se consternados, uma vez que o SAMU tem como vocação e missão o ato
de salvar vidas", acrescentou.
Luan conta ainda que chegou a ir na 9ª delegacia da
Boca do Rio para registrar um boletim de ocorrência, mas descobriu que o
boletim já estava pronto e com uma versão diferente. "Estavam dando minha
mãe como maluca, disseram que ela se jogou, que estava tentando se matar”,
disse Luan.
Sobre esta versão, o coordenador de urgência e
emergência do Samu, Ivan Paiva afirmou não ter conhecimento. "Para nós não
chegou essa informação de que havia esse detalhe de problemas de saúde mentais,
a única coisa que chegou ao nosso conhecimento é que o condutor trafegava,
quando uma pessoa se projetou – não sei se ela não percebeu, se ela olhou para
um lado e atravessou uma parte da via –. Aí somente os órgãos responsáveis pela
apuração dos fatos para dizer. A gente terminou sendo envolvido em um acidente
e é óbvio que estamos apurando as responsabilidades para que a gente possa
apurar e tomar as medidas legais com os envolvidos", declarou.
FONTE: 180GRAUS
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